14 de junho de 2007

Previsões Para o Emmy (Drama) - Melhor Ator Coadjuvante


A categoria de Melhor Ator Coadjuvante em Drama tem uma gama grande de opções, mas é fácil selecionar aqueles que realmente têm chances. Surpresas sempre podem acontecer, mas mesmo elas ficam mais claras numa situação como essa. Exemplo: Josh Holloway, de Lost, não vai entrar no top 10 deste blog (ao menos, não nesse momento da corrida), mas é um dos nomes que eu considero zebras absolutamente possíveis. A lição do dia é nunca ignorar ninguém.

Mas, de volta ao top 10, ele está logo abaixo, com cada nome ganhando um adendo explicativo.

Terry O’Quinn (Lost) – Possivelmente o ator mais experiente do elenco de Lost, O’Quinn também é o insistentemente mais cotado ao Emmy. O episódio que ele escolheu como sua submissão só reforça todas as idéias que um votante pode ter, e como elas são em sua maioria positivas, o que eu posso pensar é que eles não vão hesitar em depositar um voto na sua pessoa. Lost parece estar também com uma campanha eficiente, e se isso é um flerte com indicações para o elenco, uma para O’Quinn, depois da esnobada no último ano, parece-me algo bem claro.

Michael Imperioli (The Sopranos) – Sopranos tem cacife para emplacar mais de um nome nesta categoria. Mas se o consenso geral é de que ao menos um personagem coadjuvante vai ser indicado, o primeiro, também por consenso, é o de Imperioli. Ele já foi indicado em quatro anos pelo mesmo papel na série, inclusive ganhando em uma das ocasiões. E vocês sabem o que isso significa.

William Shatner (Boston Legal) – Esse aqui também parece ter uma indicação certa, principalmente por causa da submissão, um episódio super comentado (o flashback) e elogiado, dando-se o devido crédito a Shatner pelas duas coisas. Como eu já disse em recente ocasião, as chances de ele receber uma indicação são bem maiores que a de seu companheiro de série, James Spader (que concorre na categoria principal de Ator). Mais que isso, porém, ele tem uma experiência do cão e é bem querido pelos colegas. Vocês também sabem o que tudo isso significa.

T.R. Knight (Grey’s Anatomy) – A polêmica com seu colega (ou ex-colega, agora que demitido) Isaiah Washington poderia não ser boa coisa para Knight, não fosse ele a pessoa escolhida pela mídia para ser pintada como vítima da confusão, como possivelmente é. Logo, podemos esquecer isso e partir para o que interessa: ele foi muito, muito bem durante toda a temporada, arrancou elogios de muita gente, e ainda submeteu as duas partes de Six Days, em que ele tem grande destaque (embora, pessoalmente, eu não goste do episódio e do uso feito do personagem). É difícil negar que as situações para uma indicação dele estão boas.

Masi Oka (Heroes) – Estou indo longe demais por prever o japinha de Heroes como um dos finalistas da categoria? Creio que não, até porque ele foi indicado ao Globo de Ouro, no início do ano, e ganhou um prêmio não muito privilegiado, o Saturn Awards – não custa lembrar que vitória sempre é vitória. Além do mais, o episódio que ele submeteu, Five Years Gone, foi super elogiado, e ele parece ter um bom destaque no dito cujo – confesso que não vi, já que abandonei Heroes muito antes disso (mas pretendo retomar de onde parei o quanto antes). De qualquer forma, o simples fato de seu personagem superpoderoso ter virado um fenômeno da cultura pop e figura adorada já seria suficiente para mostrar o poder dele. E isso nem é tudo.

Sam Neil (The Tudors) – Neil tem um papel pesado em The Tudors, e o faz com uma força tremenda. Impressiona em quase todas as cenas – o que mais conta. Além disso, é também um ator bem respeitado e que aqui tem a chance de ser indicado por um dos papéis mais densos de sua carreira. The Tudors não foi indicado a nenhum prêmio até agora, por falta de oportunidade, e o Emmy será a primeira chance. Neil tem chances porque ele não depende de a série ir bem de indicações para também ser indicado, como Rhys-Meyers, que, se indicado, irá pelo arrastão. Neil, ao contrário, fará por si próprio. Talvez um upset muito grande para a vitória, não sei, mas certamente um shot para estar no top 10. Fique de olho.

Dominic Chianese (The Sopranos) – Meu colega de blog Juliano acompanhou a temporada inteira de Sopranos, e me disse que Dominic Chianese só tem um grande momento, em Remember When, aonde, diz ele, o ator dá “provavelmente a melhor interpretação na série inteira”. Eu ainda não vi o episódio, porque acompanho a série junto com a HBO brasileira, que irá retomar a exibição da temporada apenas no mês que vem, mas, ainda sem ter visto o episódio, e vendo que Chianese já tem duas indicações ao Emmy pelo papel, não é difícil entender que ele tem grandes chances de ser indicado novamente submetendo um episódio aonde a interpretação dele é tão elogiada (não só pelo Juliano, mas por muita gente, basta olhar a internet).

Michael Emerson (Lost) – O episódio que ele submeteu (o quarto) não foi seu grande momento nesta terceira temporada de Lost (que seria um dos últimos episódios). Muita gente que torce por ele está indignada, mas eu ainda aposto no moço da cara que dá medo. Porque se há alguém em Lost que tem uma interpretação marcante, é Michael Emerson – ou seja: embora o buzz dele não tenha fundamento, é por falta de chances para ser posto em prática; e analisar a interpretação (do nosso ponto de vista e também do dos votantes), algo abstrato, é o máximo que podemos fazer. A submissão de Every Man for Himself pode até não ter sido a melhor possível, mas não é tão ruim. Vale dizer: ele também foi indicado ao Saturn Awards, tal qual Masi Oka.

Henry Ian Cusick (Lost) – O histórico de Cusick no Emmy? Indicado no ano passado como ator convidado pelo mesmo papel em que agora concorre como coadjuvante. E o lado abstrato da coisa? Bem, a interpretação dele, com maior espaço, foi muito boa, segundo eu (!), a mídia e o público. E tem mais uma coisa: de todos os coadjuvantes de Lost, é ele o que tem o melhor episódio (para si, ao menos) nas mãos.

Gerald McRaney (Deadwood) – Nunca indicado ao Emmy, McRaney escolheu um episódio da temporada em que, obviamente, ele tem o maior destaque e pelo qual foi elogiado. Somando-se a isso o fato de que a série é da HBO e é muito elogiada, talvez haja aqui uma indicação. É um chute baseado em muitas coisas que tenho lido por aí, mas não acredito que resulte em uma indicação propriamente dita, apenas em um lugar no top 10 (nisso, eu aposto com força).

E agora, abaixo, o meu top 10 no famoso ranking:

1. William Shatner (Boston Legal)
2. Michael Imperioli (The Sopranos)
3. T.R. Knight (Grey's Anatomy)
4. Terry O'Quinn (Lost)
5. Dominic Chianese (The Sopranos)

_________________________________

6. Henry Ian Cusick (Lost)
7. Masi Oka (Heroes)
8. Sam Neil (The Tudors)
9. Michael Emerson (Lost)
10. Gerald McRaney (Deadwood)

Por Gustavo Cruz

3 comentários:

Anônimo disse...

O Chianese esta elegivel? Falo porque fora Remember When (que certamente é um excelente cartão de visitas para ele), ele só aparece no episódio final, logo para efeitos práticos do Emmy o cara esteve em uma apenas duas horas de TV na temporada 2006/2007. Eu não sou especialista nas regras do Emmy, mas me parece dificil ele estar elegivel assim.

Eu acrescentaria Walton Wiggins ao Top 10 por The Shield, a série zerou ano passado, mas já teve indicações em anos anteriores e os seis primeiros episódios parecem uma longa fita de Emmy para o cara.

Gustavo Cruz disse...

Filipe, o Chianese está elegível sim.

E o Wiggins certamente estaria num 11° ou 12° lugar da lista, se existisse.

Abs.

anthropological-blues disse...

Bem, torço para Sam Neill. Acho que The Tudors, assim como Rome são séries importantes porque tem o apelo da história. E, de fato, o Sam faz um trabalho de gigante com aquele cardeal.